Economia

Seguro exige imediata intervenção do Presidente da República

O secretário-geral do PS afirmou hoje que é  altura de dizer "chega" e "basta" à atuação do Governo, reclamando que o  Presidente da República convoque um Conselho de Estado e ouça os partidos  parlamentares. 

(Lusa)
MANUEL DE ALMEIDA

António José Seguro assumiu esta posição depois de o Tribunal Constitucional  ter considerado contrários à lei fundamental os artigos do Orçamento do  Estado para 2014 que alargam os cortes salariais dos trabalhadores do setor  público, os cortes nos subsídios de desemprego e de doença, e o recalculo  das pensões de sobrevivência. 

O líder socialista começou por referir que o PS, desde o ano passado,  defende a realização de eleições legislativas antecipadas - e que o "dado  novo" introduzido agora pela decisão do Tribunal Constitucional "reforçou  a posição" do seu partido. "Considero que o Presidente da República deve rapidamente ouvir o Conselho  de Estado, ou os partidos com representação parlamentar", ou ainda tomar  ambas as iniciativas, sustentou António José Seguro. 

Na conferência de imprensa, o secretário-geral do PS elevou depois o  tom da sua voz para dizer que "chega desta incerteza que provoca dificuldades  aos reformados, aos pensionistas, aos desempregados e à generalidade dos  portugueses". 

"Como é que um empresário pode olhar com confiança e investir no país?  Isto é evidente e chegou à altura de dizer basta. Temos de deixar de ter  paninhos quentes, de ter diálogos institucionais", advertiu António José  Seguro. 

O líder do PS apontou que, no Estado de Direito, há respostas institucionais,  mas também há "procedimentos que decorrem da iniciativa política". "Neste momento é preciso uma iniciativa política e no nosso sistema  constitucional compete ao mais alto magistrado da Nação desenvolver essa  iniciativa política. Por isso, aguardamos por uma palavra do Presidente  da República", salientou, já depois de ter advertido que Cavaco Silva "não  se pode refugiar em comunicados" formais. 

 

     

 

Lusa