Economia

Granadeiro adia reunião com Associação de Investidores para data a definir

O presidente executivo da Portugal Telecom (PT),  Henrique Granadeiro, adiou a reunião de terça-feira agendada com a Associação  de Investidores do Mercado de Capitais para data a definir, disso hoje à  Lusa o presidente da entidade.  

JOAO RELVAS

"O doutor Henrique Granadeiro enviou-nos hoje uma comunicação onde informa  que por indisponibilidade de agenda a reunião tem de ser adiada para nova  data a definir", disse à Lusa Octávio Viana, presidente da Associação de  Investidores do Mercado de Capitais. Inicialmente, o encontro estava marcado para a próxima terça-feira,  29 de julho. 

Com esta reunião, a associação pretendia "obter informação sobre quando  foi a primeira vez que a PT fez uma aplicação do papel comercial da Rioforte  e de quanto", confirmar se esta teve início em 2001 e "em que altura é que (esta aplicação) teve uma materialidade relevante", como acontece atualmente,  adiantou. 

Outro dos pontos que estava previsto para o encontro, da parte da associação,  era saber se "toda a comissão executiva tinha conhecimento da primeira aplicação  do papel comercial ou se foi informada, desde a primeira aplicação até agora,  e se os órgãos de fiscalização da PT sabiam (o que se passava) e, em caso  afirmativo, qual era a sua opinião" sobre o assunto. 

Octávio Viana disse ainda que a Associação de Investidores do Mercado  de Capitais pretende saber "se existe ou não um prémio para a gestão em  caso de sucesso da fusão" entre a PT e a Oi, já que a operadora "não esclareceu"  o assunto, deixando assim "levantar a suspeita" em relação a esta questão.

Com o adiamento da reunião, Octávio Viana disse que um futuro encontro  com o presidente executivo da PT passa a ter menos relevância, já que a  entidade vai avançar com um processo judicial "a avançar, o mais tardar,  até 15 de agosto". 

Esta "ação popular" surge porque a entidade considera ter havido "violação  grave dos deveres fundamentais da gestão" quando foram aplicados quase 900  milhões de euros na Rioforte, do Grupo Espírito Santo (GES). 

Atualmente, "estamos a recolher procurações dos vários acionistas",  as quais devem chegar à associação até 08 de agosto. Antes da entrega da ação judicial, a associação vai "explicar ponto  por ponto os termos da mesma", acrescentou. 

 

     

Lusa