Economia

PSI20 mantém queda com ações do BES a recuarem mais de 6%

O principal índice da bolsa de Lisboa seguia  hoje de manhã a descer, mantendo a tendência da abertura, com as ações do  BES a recuarem mais de 6%.  

(Arquivo/ Reuters)
REUTERS

Pelas 8:50, o PSI20 seguia a recuar 0,49%, para 6.436,59 pontos, com  seis empresas a transacionarem em terreno positivo, três inalteradas e dez  negativas. 

O BES era a empresa que mais perdia, com as ações a recuarem 6,45%,  para 0,406 euros, depois do Banco de Portugal ter insistido na segunda-feira  à noite que a "solvência do BES e a segurança dos fundos confiados ao banco  estão asseguradas", recordando que há soluções para fazer face a eventuais  resultados negativos do 1. semestre do ano. 

Durante a tarde de segunda-feira, o Expresso Diário avançou com a possibilidade  de os prejuízos do BES ascenderem a 3 mil milhões de euros no primeiro semestre  deste ano, mais do que a almofada financeira de 2,1 mil milhões anunciada  pela instituição que foi liderada durante duas décadas por Ricardo Salgado.

Em resposta a esta notícia, o Banco de Portugal (BdP) enviou à noite  um esclarecimento, no qual refere que, "caso venha efetivamente a verificar-se  qualquer insuficiência da atual almofada de capital, o interesse demonstrado  por diversas entidades em assumirem uma posição de referência no BES indicia  que é realizável uma solução privada para reforçar o capital". 

A divulgação dos resultados do BES no 1. semestre de 2014 vai ser feita  na quarta-feira. 

Depois do BES, seguia a Teixeira Duarte, a perder 1,69%, para 0,812  euros.  

O BCP - que apresentou na segunda-feira uma melhoria dos resultados,  ao reduzir o prejuízo de 488 milhões de euros para 62 milhões no primeiro  semestre -- seguia a recuar 0,60%, para 0,12 euros.  

Do lado dos ganhos, seguiam a liderar a Mota-Engil e a Impresa, com  subidas e 2,02% e 0,96%, para 5,06 euros e 1,374 euros.  

Lisboa seguia a negociar em contraciclo com as principais praças europeias,  que abriram hoje em alta, com os investidores pendentes das situações na  Faixa de Gaza e na Ucrânia e à espera da reunião de dois dias da Reserva  Federal dos Estados Unidos.        

Os mercados também continuavam hoje atentos aos desenvolvimentos da  situação na Ucrânia, depois de um avião da Malaysia Airlines, com 298 pessoas  a bordo, ter sido abatido a 17 de julho último por um míssil terra-ar, com  a União Europeia (UE) a analisar a possibilidade de limitar o acesso da  Rússia aos mercados de capitais.  

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou que há  evidências circunstanciais que sugerem que o míssil que abateu o avião foi  fornecido pela Rússia, e o Governo ucraniano responsabilizou os rebeldes  pró-russos.  

Na passada quinta-feira, o primeiro-ministro ucraniano demitiu-se,  prevendo-se a realização de eleições antecipadas.  

      Lusa