Economia

Decisão sobre aumento do salário mínimo a "muito breve prazo"

Passos Coelho repetiu hoje que o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN) terá de ser indexado à produtividade e que qualquer alteração que não tenha esse cuidado irá provocar desemprego no futuro. O chefe do Governo respondeu também a António Arnaut, ministro criador do salário mínimo em 1974, para quem a simples atualização de valores obrigaria a que o valor de referência fosse hoje de 900 euros. "Para agradar a toda a gente punha salário mínimo em 1.000 ou 1.500 euros", afirmou Passos Coelho.

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O primeiro-ministro afirmou que espera tomar a "muito breve prazo" uma decisão sobre o aumento do SMN, mas defendeu a necessidade de um "consenso" quanto à sua atualização, que deve estar ligada ao crescimento da produtividade.  
  
"Creio que os parceiros sociais, de um modo geral, têm dado um contexto  construtivo para esse diálogo e nós esperamos a muito breve prazo poder  tomar uma decisão nessa matéria, na certeza de que teremos de encontrar  aqui um consenso quanto ao que devem ser atualizações futuras do valor do  salário mínimo nacional que tem que estar relacionado com o crescimento  da produtividade no país", disse Pedro Passos Coelho.  
  
O também líder do PSD falava aos jornalistas em Ansião, distrito de  Leiria, antes do Conselho Nacional do PSD, órgão máximo entre congressos,  que discute o relatório "Territórios de baixa densidade/territórios de elevada  potencialidade" e analisa a situação política.  
  
Para Pedro Passos Coelho, as atualizações do salário mínimo nacional  não devem estar relacionadas "com outros aspetos que, por mais justos" que  possam parecer à primeira vista, "sejam totalmente irrealistas e ponham  em causa o crescimento do emprego e a sustentabilidade das empresas, sem  o que não haverá salários nenhuns que possam ser assegurados na economia". 
  

Com Lusa