Economia

BE acusa Governo de eleitoralismo ao aumentar salário mínimo para 505 euros

O líder parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) acusou hoje o Governo de eleitoralismo ao decidir aumentar agora o Salário Mínimo Nacional (SMN) para 505 euros, lamentando que o valor da atualização não valha mais do que "um café por dia".

Líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares (SIC/Arquivo)

"Chegou a propaganda, chegassem as eleições mais cedo e mais cedo teria chegado o aumento do SMN", afirmou o líder da bancada 'bloquista', Pedro Filipe Soares.

Pedro Filipe Soares, que falava no plenário da Assembleia da República depois de uma intervenção política do PCP que teve como tema principal o acordo fechado esta tarde entre as confederações patronais, o Governo e a UGT para o aumento do SMN para 505 euros, comparou mesmo o valor da atualização (20 euros) ao preço de um café.

"É um valor que não vale mais do que um café por dia", lamentou, insistindo nas críticas ao executivo de maioria PSD/CDS-PP de "demagogia".

"É a maior demagogia porque se houvesse eleições todos os anos, todos os anos o SMN seria aumentado", acrescentou, considerando que o valor de 505 é "injusto porque devia ser muito mais".

O acordo para o aumento do SMN para 505 euros foi fechado esta tarde entre as confederações patronais, o Governo e a UGT e será formalizado às 18:30, no Conselho Económico e Social.

O novo valor do SMN irá entrar em vigor a 1 de outubro.

 

Lusa