O acordo até parecia simples: Isabel dos Santos saía do banco e em troca recebia uma compensação
e o controlo do Banco de fomento de Angola; do outro lado um "dois em um", os espanhóis do Caixabank ficavam com a posição maioritária do banco e o BPI reduzia a exposição a Angola, uma imposição do Banco Central Europeu. Mas o caminho não está a ser fácil.
O Caixabank chegou mesmo a anunciar, na semana passada, o fim das negociações. Ainda assim, Isabel dos Santos manteve-se disponível para continuar o diálogo com os catalães.
À SIC, o Presidente da Santoro, grupo que Isabel dos Santos detém em Portugal, diz que não percebe a decisão do Caixabank, já que as negociações estavam num bom caminho, mas realça que o diálogo deverá ser imediatamente retomado.
E ao que a SIC apurou é mesmo uma questão de tempo para que a empresária volte às conversações com os espanhóis.
O acordo tem de estar fechado até 10 de abril, meta imposta pelo BCE. Caso contrário, o BPI terá de pagar uma multa que pode ultrapassar os 160 mil euros por dia.