Economia

Catástrofes responsáveis por 149 mil milhões de euros em prejuízos em 2016

As catástrofes naturais e os desastres causados pelo Homem foram responsáveis, em 2016, por perdas no valor de cerca de 149 mil milhões de euros, informou esta quinta-feira a seguradora Swiss Re.

Catástrofes responsáveis por 149 mil milhões de euros em prejuízos em 2016
Gregorio Borgia

Deste montante global, 46 mil milhões de euros estavam cobertos por seguros.

Em 2015, o montante de perdas económicas foi de 88,4 mil milhões de euros, enquanto o valor segurado foi de 34,8 mil milhões de euros.

A diferença entre o total de perdas e os danos cobertos por seguros "mostra que os desastres ocorreram em áreas onde a cobertura era baixa", indicou a Swiss Re em comunicado.

Durante o ano, o número de mortos contabilizados foi de pelo menos 10 mil, devido a catástrofes naturais ou desastres causados pelo Homem, disse a mesma fonte.

Os desastres naturais foram responsáveis pela maior parte das perdas: 141 mil milhões de euros.

Os danos cobertos por seguros para casos de catástrofes naturais foram de 39,5 mil milhões de euros, mais do que os 26,3 mil milhões de euros em 2015, mas inferior à média anual dos últimos dez anos (43.261 milhões de euros).

Em 2016, as perdas económicas causadas por seres humanos resultaram em pedidos às seguradoras de 6.583 milhões de euros, menos que os cerca de 8,5 mil milhões de euros registados no ano passado.

Sismos, tempestades e o furacão "Matthew" foram os responsáveis pelas maiores perdas ao longo do ano corrente.

Em 2016 registaram-se sismos importantes em Taiwan, Japão, Equador e Nova Zelândia. O pior foi o de Kumamoto, em abril, com uma magnitude de 7 na escala de Richter.

Os sismos causaram perdas no valor de pelo menos 18,8 mil milhões de euros, dos quais 4,7 milhões de euros estavam cobertos por seguros.

O furacão "Matthew", que varreu as Caraíbas e o sudeste dos Estados, causou danos no valor de 7,5 mil milhões de euros, dos quais metade estava coberto por seguros.

A estes montantes, a Swiss Re juntou as inundações nos Estados Unidos, Europa e Ásia, e os incêndios no Canadá.

Lusa