"O ideal para o acordo de médio prazo é que haja um pacote muito vasto de questões a ser examinado, que vão desde a formação profissional à política de rendimentos, política fiscal e salarial, e por aí adiante", vincou o chefe de Estado, entrevistado esta tarde na TSF.
A conversa de Marcelo Rebelo de Sousa aos microfones da rádio deu-se durante a visita do Presidente da República às novas instalações da Global Media - dona, entre outras, do Diário de Notícias e da TSF - nas Torres de Lisboa.
"Avançando com questões de curtíssimo prazo" a nível de concertação social, acaba por se perder a "perspetiva para discutir o médio prazo", disse ainda Marcelo Rebelo de Sousa.
E continuou: "Sou um grande defensor de um acordo de concertação social, uma predisposição para haver acordos em concertação social. A primeira razão é para garantir a força dos parceiros económicos e sociais".
Para o chefe de Estado, a "estabilidade política e financeira não é por si suficiente se não acompanhadas de uma estabilidade social".
Depois, o chefe de Estado definiu como "útil" para todos - Governo, oposição e Portugal - o atingir de um acordo entre os parceiros, e enfatizou ser necessário, no país, substituir a "gestão do dia-a-dia, a gestão do mês a mês", por uma "gestão a médio prazo".