O projeto de acordo tinha sido submetido à aprovação da administração do fabricante automóvel alemão e pode ser aprovado ainda hoje.
O fabricante alemão adiantou que estava em discussões adiantadas com o Departamento de Justiça dos EUA e a Serviço de Alfândegas e Proteção de Fronteiras sobre os termos do acordo para encerrar o processo-crime e pagar multas civis e criminais.
O acordo encerraria o principal obstáculo legal com que o fabricante alemão se enfrenta nos EUA desde que admitiu, em 2015, manipular 11 milhões de viaturas a 'diesel' com software concebido para manipular os testes de emissões poluentes.
A manipulação permitiu aos veículos emitirem até 40 vezes mais acima dos níveis autorizados para o óxido de nitrogénio.
Sob os temos do acordo, a empresa concordou em admitir-se culpada das acusações criminais, que não foram especificadas, e manter um controlador externo do seu cumprimento das obrigações legais, durante um período de três anos, adiantou o grupo alemão, em comunicado.
Um porta-voz do Departamento de Justiça ainda não respondeu ao pedido de comentário feito pela AFP.
O anúncio da VW segue-se à detenção, no sábado, em Miami, de um executivo do grupo, acusado de conspiração, fraude e violação da legislação dos EUA sobre a qualidade do ar por esconder às autoridades norte-americanas a tecnologia que permitiu manipular as emissões.
Apesar de as consequências legais para a empresa terem sido reduzidas fora dos EUA, o escândalo da manipulação das emissões colocou a Volkswagen num mundo de complicações com a justiça, confrontada com litigâncias suscitadas por consumidores, autoridades judiciais, procuradores-gerais estaduais e reguladores federais e estaduais.
Em 2016, o grupo automóvel alemão teve de pagar cerca de 17,5 mil milhões de dólares em indemnizações aos proprietários das viaturas, para reparar ou substituir os modelos envolvidos, contribuições para limpeza ambiental e pagamentos a intermediários.
Lusa