Economia

Presidente do Eurogrupo otimista sobre avanço nas negociações com a Grécia

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, disse, esta sexta-feira, estar otimista quanto a um avanço nas conversações com a Grécia, mas admitiu que um "acordo político completo" pode não ser alcançado na reunião de hoje.

Presidente do Eurogrupo otimista sobre avanço nas negociações com a Grécia
© Francois Lenoir / Reuters

À entrada para a reunião do Eurogrupo desta manhã, que decorre em La Valletta, capital de Malta, Jeroen Dijsselbloem disse que "foram alcançados resultados" nos últimos dias nas conversações entre a Grécia e os seus credores.

"Estou otimista", disse o presidente do Eurogrupo, admitindo, no entanto, que o acordo político com a Grécia é superior ao pacote de medidas que vão ser discutidas,esta sexta-feira, e que, por isso, poderá não haver um "acordo total político" no final da reunião.

Também à entrada para o encontro, o comissário Europeu Pierre Moscovici considerou que a reunião é importante: "É o momento quando toda a gente, eu digo toda a gente, se compromete com os pressupostos do acordo". "Precisamos disso, a Grécia precisa disso, a zona euro precisa disso. É tempo de afastar tudo o que cria incerteza", disse o comissário.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, pediu esta semana ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, a convocação de uma cimeira da zona euro se não for alcançado um acordo sobre a Grécia na reunião do Eurogrupo. "Se não houver "fumo branco" na sexta-feira, pedi ao senhor Tusk para tomar a iniciativa de convocar uma cimeira dos países membros da zona euro", disse Tsipras após conversações com o presidente do Conselho Europeu, em visita a Atenas.

As negociações entre a Grécia e os seus credores, zona euro e Fundo Monetário Internacional (FMI), para que seja disponibilizada uma nova prestação do empréstimo concedido a Atenas, estão bastante atrasadas.

A Grécia terá de aplicar um pacote global de políticas para concluir a segunda revisão do programa de ajustamento, e que inclui reformas no mercado de trabalho e do setor da energia, bem como o objetivo de reequilíbrio das finanças públicas do país a médio prazo, em 2018 e nos anos seguintes.

Lusa