Segundo a instituição financeira, a região conserva uma perspetiva económica robusta e irá manter o impulso no seu crescimento com uma previsão de 5,5% em 2017, acima dos 5,3% do ano passado.
Os resultados melhoram a média global, cujo crescimento se calcula em 3,5% em 2017 e em 3,6% em 2018, contra 3,1% do ano passado, afirmou o FMI na apresentação do relatório anual para a Ásia Pacífico.
No documento, a instituição destaca a robustez demonstrada nos últimos anos pelos mercados financeiros da Ásia, mas instou os países da região a tomar medidas face a futuros riscos.
A curto prazo, o FMI advertiu para o risco "substancial" que representa uma eventual mudança em direção ao protecionismo relativamente ao qual a região é particularmente vulnerável por causa do grau de abertura comercial das suas economias e de participação na cadeia de abastecimento a nível global.
Também alertou para a incerteza relativamente à política fiscal que os Estados Unidos vão promover e às medidas reguladoras e comerciais que a nova administração norte-americana liderada por Donald Trump pretende impulsionar.
A médio prazo, o FMI assinalou as implicações que o fim do "dividendo demográfico" terá para vários países da Ásia Oriental à medida que a população envelhece.
A instituição indicou que o ritmo de envelhecimento na região é superior ao que experimentaram a Europa e os Estados Unidos, advertindo que várias partes da Ásia correm o risco de "se tornarem velhas antes de se tornarem ricas".
Para isso, o FMI instou a região a proteger a terceira idade com o fortalecimento dos sistemas de pensões, e a favorecer a incorporação ao mercado laboral de mulheres e imigrantes para atenuar o impacto do envelhecimento.
O outro risco na Ásia Pacífico prende-se com o abrandamento da produtividade de que padecem sobretudo as suas economias mais desenvolvidas desde o estalar da crise financeira global em 2008.
O FMI advertiu que a falta de melhoria da produtividade tem repercussões no progresso do bem-estar e das condições de vida, exortando os países da região a tomar medidas como potenciar a liberalização e integração comercial.
Lusa