As negociações ainda nem arrancaram mas o Governo já deu o pontapé de saída. O Executivo fez saber que parte para a discussão com uma proposta que considera ser o mínimo dos mínimos: 580 euros, ou seja, mais 23 euros do que o valor actual.
A intenção do Executivo já fez mexer as outras peças no xadrez da concertação.
Os empresários, que até pareciam estar indisponíveis para ir além dos 580 euros, admitem agora subir a parada, mas em troca exigem menos impostos. Argumentam que o aumento do salário mínimo obriga a um grande esforço financeiro, sobretudo para as empresas mais expostas à concorrência externa.
Do lado dos sindicatos, a CGTP não abre mão dos 600 euros. Já a UGT propõe 585 euros, um valor que considera realista, tendo em conta a atual conjuntura.
A discussão começa esta sexta-feira, mas caso não haja acordo, o Governo avança sozinho e aumenta o salário mínimo como bem entender, por decreto.