A lei, aprovada por larga maioria em junho, mas que entrou em vigor apenas no princípio deste ano, procura erradicar a diferença de remuneração que existe entre os dois sexos, equivalente a 5,7%, um valor que não é explicado nem pelas horas de trabalho, pela experiência ou pelos níveis de educação, segundo as estatísticas oficiais islandesas.
A pequena nação islandesa de 330 mil habitantes, liderada pela primeira-ministra, Katrin Jakobsdottir, está em primeiro lugar no índice de igualdade salarial do Fórum Económico Mundial e quer erradicar a diferenciação salarial até 2022.
A lei aplica-se a empresas com mais de 25 trabalhadores, que passam a ser obrigadas a obter um "certificado de igualdade de remuneração", passado por um auditor externo e credenciado.
As empresas com mais de 250 empresas têm de obter este certificado até ao final do ano, mas as mais pequenas podem fazê-lo até 2021.
As associações empresariais reagiram negativamente à lei, argumentando que impõe demasiados custos e envolve demasiada interferência governamental no mercado de trabalho.
Vários académicos e economistas mostraram-se céticos relativamente ao processo de certificação, defendendo que as diferenças de remuneração resultam de fatores que não têm a ver com o sexo das pessoas, e que seriam evidentes se o processo de elaboração das estatísticas fosse perfeito.
Com Lusa