Economia

Bancários em protesto contra "atropelos" da reestruturação da GCD

Trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) manifestam-se hoje no centro de congressos Europarque, em Santa Maria da Feira, contra "os diversos atropelos" que dizem que a administração da instituição bancária vem praticando sobre os seus direitos

Bancários em protesto contra "atropelos" da reestruturação da GCD
JOS\303\211 COELHO

O protesto é organizado pela Federação do Setor Financeiro (FEBASE) - através das delegações do Norte, Centro e Sul e Ilhas do Sindicato dos Bancários - e coincide com a reunião de quadros da CGD marcada para esta manhã no Europarque.

Em comunicado, a FEBASE explica que a iniciativa é motivada pelo "atual clima de degradação, intimidação, instabilidade e perda de direitos para os trabalhadores da CGD".

O protesto anuncia-se, assim, como uma manifestação de "repúdio pelos diversos atropelos ao acordo de empresa que estão a ser praticados pelo Conselho de Administração da Caixa" - presidido por Paulo Macedo, cuja presença é esperada no Europarque para dirigir o referido encontro de quadros.

"O plano de reestruturação que a administração está a levar a cabo tem vindo a provocar numerosas situações gravosas para os trabalhadores da CGD e para os seus utentes", defende a FEBASE.

"Estes comportamentos afetam profundamente a estabilidade social e familiar dos trabalhadores - que são o maior capital da instituição e lutam por um trabalho com dignidade, pelo cumprimento do acordo de empresa, pelo diálogo com a administração e pela defesa de uma CGD pública", acrescenta.

Para a federação que representa os diversos sindicatos do setor financeiro, entre os vários problemas gerados pelo atual plano de reestruturação da Caixa inclui-se, além do incumprimento do Acordo de Empresa, "o encerramento discricionário de agências e o esvaziamento de instalações, com o intuito de as alienar em benefício da concorrência".

Outro motivo de insatisfação é "o tratamento dos trabalhadores como meras peças descartáveis que vivem a incerteza do seu destino", ao que se juntam ainda as críticas relativas à "degradação e descaraterização da imagem da instituição, com a introdução de carrinhas transformadas em agências ambulantes", e o desagrado face às "ameaças e intimidações pressionando à consecução de objetivos, numa prática continuada de assédio".

Por todos esses motivos, os bancários representados pela FEBASE reclamam que "a Caixa está a ser esvaziada da confiança que os portugueses nela depositavam".

Lusa