"Perante as tarifas impostas pelos Estados Unidos, o México vai impor medidas equivalentes a vários produtos, como aços planos e lâmpadas", informou hoje, em comunicado, o Ministério da Economia do México.
Conforme indica o ministério, as tarifas mexicanas, que também se aplicam a preparados alimentares, maçãs, uvas, mirtilos e vários queijos, serão aplicadas "por um valor comparável ao nível da afetação".
"O México lamenta profundamente e rejeita a decisão dos Estados Unidos de impor as tarifas a partir do dia 01 de junho", acrescentou.
Para o ministério, as tarifas "não são adequadas nem justificadas" e o aço e o alumínio contribuem para a "competitividade de vários setores estratégicos e altamente integrados" na América do Norte.
O Departamento do Comércio norte-americano suspendeu a isenção dos direitos de importação de aço e alumínio da União Europeia, Canadá e México, numa decisão que dispara as tensões comerciais e provocará represálias dos parceiros.
"Decidimos não estender a exceção para a União Europeia, Canadá e Médico, pelo que estarão sujeitos a tarifas de 25% e 10%" na importação de aço e alumínio", respetivamente, indicou o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, antes de terminar o prazo para a tomada de uma decisão sobre o assunto.
Por sua vez, a União Europeia anunciou hoje que vai denunciar perante a Organização Mundial do Comércio (OMC) a decisão norte-americana de suspender a isenção dos direitos de importação de aço e alumínio e garantiu que irá responder de forma "proporcional".
"Os Estados Unidos não nos deixam agora outra escolha que não seja a de recorrer à resolução de litígios da OMC e à imposição de tarifas adicionais sobre diversas importações dos EUA. Vamos defender os interesses da União em total cumprimento da lei comercial internacional", declarou o presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker.
Num comunicado divulgado em Bruxelas pela Comissão Europeia imediatamente após o anúncio de Washington, Juncker reafirma que, para a UE, "estas tarifas unilaterais dos EUA são injustificadas e em discordância com as regras da OMC".
"Isto é protecionismo puro e simples", declarou o presidente do executivo comunitário.
Também a comissária europeia do Comércio, Cecilia Malmström, lamentou a decisão de hoje de Washington, afirmando que "hoje é um dia mau para o comércio mundial".
Lusa