Na antevéspera de uma greve que já levou à suspensão de 150 voos na Europa, a Ryanair emitiu um comunicado em que anunciou a sua disponibilidade para negociar matérias contratuais coletivas e benefícios locais para os trabalhadores de cada país.
A companhia irlandesa comprometeu-se ainda a negociar com os pilotos, antes de 31 de dezembro, nomeadamente matérias salariais, turnos, licenças anuais, mudanças de base e progressões nas carreiras.
Segundo a empresa, a greve marcada para sexta-feira pelos tripulantes de cabina com base em Espanha, Bélgica, Holanda, Portugal, Itália e Alemanha deverá afetar cerca de 30.000 passageiros.
A Ryanair anunciou que já apresentou uma queixa à Comissão Europeia por práticas anticoncorrenciais por parte do pessoal, dos sindicatos e de grupos de pressão, que considera estarem a impedir as negociações entre a empresa e os seus pilotos e tripulantes.
A empresa irlandesa considera que são os tripulantes da companhia aérea norueguesa Norwegian sedeados em Alicante que estão a organizar a greve de tripulantes em Espanha, tal como os trabalhadores da TAP estão a fazer em Portugal.
A compania aérea da baixo custo reconheceu que tem falta de experiência de negociação com os sindicatos, mas considerou ilegal que alguns sindicatos insistam em ter à mesa negocial pilotos que estão ao serviço da empresa.
Lusa