A taxa de desemprego em Portugal, subiu, no mês de junho, para 7%, o que representa um agravamento de 1,1 pontos percentuais face a maio.
Os dados, ainda provisórios, foram divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O INE reviu ainda em alta o valor da taxa de desemprego de maio para 5,9% (os dados provisórios apontavam no mês passado para 5,5%), menos 0,4 pontos percentuais do que no mês precedente e menos 0,7 pontos do que há um ano.
O números mostram também que, face a fevereiro, há menos 155 mil empregos em Portugal, que terão sido destruídos pela pandemia.
A taxa de subutilização do trabalho também continua a subir a pique. Este indicador inclui desempregados, inativos e trabalhadores a tempo parcial de forma involuntária.
Em junho, representavam 15% da população portuguesa.
"Para o aumento mensal da taxa de subutilização do trabalho neste mês, ao contrário do sucedido nos meses anteriores, contribuiu exclusivamente o aumento do número de desempregados e do subemprego de trabalhadores a tempo parcial, já que diminuiu o número dos inativos à procura de emprego, mas não disponíveis para trabalhar e o de inativos disponíveis, mas que não procuram emprego", sinaliza o INE.
Segundo o INE, em maio e, sobretudo, em junho, as restrições à mobilidade resultantes da pandemia de covid-19 foram parcialmente aliviadas, "mas continuaram a afetar o funcionamento do mercado de trabalho no período analisado".
Défice de Portugal pode atingir os 9,2% do PIB este ano
A agência de notação financeira Moody's estima que o défice de Portugal atinja os 9,2% do PIB este ano e recupere apenas até aos 4,8 em 2021, segundo um relatório divulgado esta quarta-feira.
"A Moody's prevê que o défice geral do Governo chegará aos 9,2% do PIB em 2020 antes de reduzir para os 4,8% em 2021, com a atividade económica a retomar e os efeitos das medidas orçamentais mais pontuais a se afastarem", aponta a agência de notação.