A Galp vai concentrar as suas operações de refinação e desenvolvimentos futuros no complexo de Sines e descontinuar a refinação em Matosinhos a partir do próximo ano, anunciou esta segunda-feira a empresa.
Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Galp refere que "continuará a abastecer o mercado regional mantendo a operação das principais instalações de importação, armazenamento e expedição de produtos existentes em Matosinhos", e que está a "desenvolver soluções adequadas para a necessária redução da força laboral e a avaliar alternativas de utilização para o complexo".
A empresa diz que as "alterações estruturais dos padrões de consumo de produtos petrolíferos motivados pelo contexto regulatório e pelo contexto covid-19 originaram um impacto significativo nas atividades industriais de 'downstreaming' da Galp", e afirma que "o aprovisionamento e a distribuição de combustíveis no país não serão impactados por esta decisão".
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O Governo já reagiu, através do Ministério do Ambiente, que numa nota enviada às redações lembra que o encerramento das operações de refinação em Matosinhos está inserido num processo que visa a descarbonização do setor energético. O gabinete do ministro Matos Fernandes revela, no entanto, preocupação quanto destino dos trabalhadores e garante estar disponível para reunir com a empresa e com os funcionários