Moradas desconhecidas, consultas médicas que adiam idas ao Parlamento e fugas às notificações. São algumas das justificações para a dificuldade de agendar depoimentos de grandes devedores do Novo Banco na comissão parlamentar de inquérito à instituição.
Luís Filipe Vieira, responsável por perdas de 225 milhões de euros do Novo Banco entre 2014 e 2018, pediu o adiamento da ida ao Parlamento por ter uma consulta médica.
A Assembleia não conseguiu obter as moradas em Portugal de Nuno Vasconcellos, que deixou uma dívida de 600 milhões de euros, e de João Gama Leão, responsável por uma dívida de 334 milhões de euros com o banco.
Já António Barão, intermediário na venda de imóveis do banco, não responde às solicitações da comissão.
Estes são alguns exemplos da dificuldade que o presidente da comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco, Fernando Negrão, tem enfrentado para ouvir grandes devedores da instituição financeira.