O Novo Banco vai atribuir um bónus referente a 2020 de 1,86 milhões de euros aos membros do Conselho de Administração Executivo liderado por António Ramalho, tendo o prémio sido diferido para 2022, após concluída a reestruturação da instituição.
Os partidos políticos dizem que a atribuição de prémios de gestão no Novo Banco é "inaceitável".
No relatório e contas de 2020, enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) na terça-feira à noite, o Novo Banco garante que "nenhum pagamento" foi ainda realizado.
A administração do Novo Banco está impedida, devido aos compromissos com Bruxelas, de receber prémios e bónus até 2021, mas pode atribuí-los. Foi isso que também aconteceu em 2019, quando foram atribuídos prémios no valor de quase dois milhões de euros.
O Ministério das Finanças já considerou inadequado o pagamento de prémios aos administradores do Novo Banco e disse acreditar que o Fundo de Resolução irá descontar esse valor na chamada de capital, o que o Banco de Portugal já disse entretanto que acontecerá.