A EDP, através da SU Eletricidade (antiga EDP Serviço Universal), acordou vender uma nova parcela de défice tarifário do sector elétrico, por 503 milhões de euros, informou o grupo em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Nesta operação a SU Eletricidade vendeu, em cinco parcelas, uma fatia de 28,8% do défice tarifário de 2021 relativo ao sobrecusto da produção do regime especial (ou seja, o diferencial entre o preço estimado de mercado da eletricidade e as tarifas garantidas a um conjunto de produtores, como as eólicas e as cogerações, entre outros).
Assim, em vez de esperar pelo recebimento destes cerca de 500 milhões de euros ao longo dos próximos cinco anos, de forma faseada, com juros, a elétrica optou por vender esses créditos sobre o sistema elétrico e encaixar antecipadamente essa receita.
A empresa não identificou os cinco compradores desta tranche de défice tarifário.
A SU Eletricidade é titular desses créditos já que é sua a incumbência, na qualidade de comercializador de último recurso (CUR), de adquirir toda a energia que os produtores do regime especial (PRE) geram, sendo ressarcida do sobrecusto dessa eletricidade de forma faseada, ao longo de cinco anos, através das tarifas de acesso à rede suportadas pela generalidade dos consumidores de eletricidade.