O setor das finanças digitais, conhecido como fintech, atingiu um pico de interesse de investidores de milhares de milhões de libras, noticia o "The Guardian". Revolut destacou-se, mas representante do setor acredita em mais "histórias de sucesso".
A Revolut, também presente em Portugal, confirmou na semana passada que angariou mais 800 milhões de dólares (aproximadamente 678,1 milhões de euros) de grandes investidores, tais como o Softbank Vision Fund. Assim, a avaliação da empresa sobe para 33 mil milhões de dólares.
O negócio da Revolut aconteceu apenas umas semanas depois de a fintech Wise ter sido admitida na bolsa de Londres com uma capitalização de quase 9 mil milhões de libras (cerca de 10,4 mil milhões de euros).
O jornal britânico indica que as fintech podem ter dificuldade em aceder a apoios do governo liderado por Boris Johnson. No entanto, a líder dos representantes das fintech no Reino Unido, Janine Hirt, está confiante de que os investimentos privados compensem essa limitação, uma vez que, como disse ao "The Guardian", tem "a certeza" de que haverá "histórias de sucesso semelhantes [à da Revolut] no Reino Unido".
As empresas fintech britânicas continuam a atrair uma enorme quantidade de investimento internacional, atrás apenas dos EUA, acrescentou a responsável.
Esta informação é confirmada pelos próprios números do setor. Mesmo antes do anúncio do financiamento da Revolut, as empresas fintech britânicas tinham já atraído investimentos de capital de risco no valor de 5,7 mil milhões de dólares (4,8 mil milhões de euros) através de 317 negócios nos primeiros seis meses do ano.
Este valor corresponde a um aumento face a 2020, quando foram angariados 4,3 mil milhões de dólares (3,6 mil milhões de euros), mas também face ao máximo de 4,6 mil milhões de dólares (3,8 mil milhões de euros) atingido em 2019 antes da pandemia.