A presidente da Autoridade da Concorrência (AdC), Margarida Matos Rosa, alertou, esta quarta-feira em audição parlamentar, que "há riscos com a fixação de preços" dos combustíveis.
Margarida Matos Rosa foi questionada, por várias vezes, pelos deputados das várias bancadas parlamentares, sobre a questão dos preços do combustível praticados em Portugal.
Numa das suas intervenções, a presidente da AdC relembrou que "é importante ter em conta vários aspetos", nomeadamente o facto de os "preços da gasolina e gasóleo tenderem a seguir as cotações do Brent [petróleo de referência europeu] que têm estado a subir". A responsável fez, inclusive uma comparação do preço do barril face ao ano passado, quando estava cerca de 30 dólares mais barato.
Apesar desta situação, avisou que "há riscos com a fixação de preços, para este setor como em todos".
Fixar os preços dos combustíveis é uma proposta que o PCP tem vindo a defender, mas também o ministro do Ambiente admitiu na semana passada que iria avançar com uma proposta de decreto-lei que "permite ao Governo atuar sobre as margens de comercialização dos combustíveis".
Margarida Matos Rosa explicou, na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, que impor um preço máximo levaria a que as empresas praticassem esse preço, mesmo quando se desse o caso de poder ser mais baixo.