Economia

Governo quer concluir privatização da Efacec no final de novembro

A 2 de setembro o Governo aprovou a terceira fase de privatização da Efacec, selecionando os grupos portugueses DST SGPS e Sing - Investimentos Globais para uma negociação final, tendo por objetivo concluir a venda no final de novembro

Tem sido um processo mais demorado do que o desejado pelo Governo, que previu concluir a operação de privatização em 2020. Agora a nova meta, como avançou o jornal digital "Eco" e confirmou o Expresso, é concluir a operação de privatização da participação de 71,73% de Isabel dos Santos no final de novembro.

O processo está a ser liderado pelo Ministério das Finanças e a Parpública, com a colaboração do Ministério da Economia. O Governo está neste momento a montar a operação de venda e negociar os termos do negócio com os candidatos, que irão apresentar uma proposta vinculativa melhorada. Segundo o "Eco", a DST e a Sing (grupo Sodécia) terão feito propostas de compra entre um euro e um milhão de euros.

A terceira fase de negociações do processo de alienação das ações da Efacec Power Solutions, SGPS, S. A. tem como objetivo, segundo o próprio Governo, melhorar as propostas vinculativas dos candidatos, entregues à Parpública no dia 21 de julho.

Em meados de 2020, antes de ser nacionalizada, a Efacec anunciou ter recebido "cerca de uma dezena" de propostas não vinculativas de grupos industriais e fundos de investimento, nacionais e internacionais, para comprar a participação de Isabel dos Santos.

Os candidatos ficaram pelo caminho e chegaram ao fim apenas os dois candidatos portugueses. A deterioração dos resultados da Efacec - com uma dívida superior a 184 milhões de euros e um EBITDA negativo (meios operacionais libertos), que foi revisto em baixa de -20 milhões de euros para -60 milhões de euros (segundo o "Eco") - contribuíram para a desistência dos potenciais candidatos internacionais.

O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, tem considerado a Efacec uma empresa estratégica para o país nos setores da energia, engenharia e mobilidade, e foi isso que justificou a sua nacionalização parcial.