A UGT quer que o salário mínimo chegue aos 715 euros no próximo ano. Na apresentação da proposta de política reivindicativa para 2022, o secretário-geral, Carlos Silva, definiu ainda os mil euros como meta para 2028.
"Este é um Governo socialista, que conta com o apoio da esquerda no Parlamento, tem o dever social de fazer subir os salários", disse o sindicalista, acrescentando que é a palavra do primeiro-ministro que está em causa, que assumiu no congresso socialista de Portimão que "chega de baixos salários".
Carlos Silva lembrou a promessa do Governo, no sentido de fixar o Salário Mínimo Nacional nos 750 euros em 2023, e apresentou a nova proposta da UGT, para a legislatura seguinte, com o objetivo de alcançar os 1.000 euros em 2028.
"O Governo tem de dar o exemplo e exigimos que dê um passo em frente".
A UGT aprovou esta quinta-feira a sua proposta de política reivindicativa para 2022 que prevê aumentos salariais de pelo menos 50 euros para todos os trabalhadores em 2022 e a fixação do salário mínimo nacional nos 715 euros.
A proposta aprovada por unanimidade pelo Secretariado Nacional da UGT defende também que os aumentos salariais a negociar na contratação coletiva devem situar-se entre os 2% e os 4%, nunca ficando abaixo dos 50 euros por trabalhador.