As medidas de confinamento adotadas pelos Governos dos diferentes países para mitigar os riscos de contágio da pandemia colocaram milhões de profissionais europeus a trabalhar a partir de casa. Na União Europeia, onde, na última década, só cerca de 5% a 6% da população empregada exercia funções a partir de casa, o teletrabalho disparou para os 12%, revelam os dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat. Em Portugal, o número de profissionais que trabalhou com regularidade à distância em 2020 foi quase o dobro da média europeia: 23%.
O gabinete europeu de estatística sinaliza que a pandemia fez duplicar o número de trabalhadores europeus com idades entre os 20 e os 64 anos a trabalhar a partir de casa com regularidade. A média de 5% a 6% anuais que se registou na última década, atingiu os 12% em 2020, o ano marcado pela pandemia. Mas vários países superaram esta percentagem.
Segundo o Eurostat, entre as regiões da União Europeia que mais profissionais colocaram em teletrabalho está Helsínquia (Finlândia), com 37% dos profissionais a trabalhar remotamente com regularidade.
O segundo e terceiro lugares da lista são ocupados por duas regiões belgas: a província de Brabant Wallon, com 27% da sua população empregada em teletrabalho, e a capital Bruxelas, com 26%.
Portugal integra o grupo com a Área Metropolitana de Lisboa a contabilizar 23% da sua população empregada com idade entre os 20 anos e os 64 anos em teletrabalho.
No extremo oposto, o Eurostat coloca grande parte das regiões do leste e do sul da União Europeia - Croácia, Chipre, Letónia, Bulgária, a grande maioria das regiões da Hungria e da Roménia (exceto na capital), bem como a Grécia - onde menos de 5% da força de trabalho exerceu em 2020 trabalho remoto.