A Glovo vai dar mais um passo para entrar na bolsa. A startup espanhola de entrega ao domicílio, com presença em Portugal, vai fazer a sua oferta inicial pública (IPO, sigla em inglês) para entrar na bolsa já no próximo ano, noticia o "Cinco Días". Recentemente a sua avaliação chegou aos 2 mil milhões de euros.
Segundo o jornal espanhol, a Glovo já está a ser aconselhada por um banco de investimento e uma sociedade de advogados - Morgan Stanley e Uría Menéndez - para preparar o próximo passo.
A empresa prevê a entrada na bolsa em mais de 2 mil milhões de euros, pois a sua avaliação atingiu recentemente esse valor foi com a última ronda de financiamento de 450 milhões de euros em abril deste ano. Ainda não é sabido se a empresa vai entrar em Madrid, Wall Street ou outro, mas fontes dos jornal disseram que "os fundadores ficavam muito felizes de entrar aqui [Espanha]".
A equipa de gestão pondera ainda se efetua a dispersão das ações em bolsa e o aumento de capital simultaneamente para a sua estreia.
Inicialmente a Glovo estava a pensar entrar na bolsa apenas em 2023 ou 2024, mas os planos aceleraram depois da pandemia aumentar as suas vendas.
A empresa tem como principal acionista (que controla 47% do capital) a concorrente alemã Delivery Hero e, após a última ronda de financiamento, entraram ainda para a estrutura acionista os fundos dos EUA Luxor Capital (um acionista da Delivery Hero) e Lugard Road Capital. Além destes, a empresa conta ainda com Drake Enterprise (dona da rede de pizzarias Papa John's), Mubadala, o fundo soberano de Abu Dhabi, e outros fundos como acionistas.
Em 2020 a empresa teve um volume de negócios global de 360 milhões de euros (contra 128 milhões em 2019) e perdas de 51,4 milhões, muito abaixo dos 238,5 milhões do ano pré-covid. Além da pandemia, também a venda dos seus negócios na América Latina, permitiu diminuir as perdas.