O antigo presidente da TAP Fernando Pinto e quatro ex-administradores da TAP foram absolvidos da suspeita de vários crimes relacionados com a compra da VEM-Varig entre 2005 e 2007, uma aquisição que fez a transportadora aérea portuguesa incorrer em perdas superiores a 500 milhões de euros, noticia o jornal "Eco" esta terça-feira. Foi do entendimento do Ministério Público que não houve lugar a recebimento de contrapartidas pelo negócio e que a operação tinha sido comunicada à tutela.
O Ministério Público ilibou, além do ex-presidente, Fernando Sobral, Luís Gama Mór, Luís Miguel da Silveira Ribeiro Vaz e Michael Anthony Conoly. Manoel José Fontes Torres, antigo administrador também investigado, entretanto faleceu.
Os investigadores criminais consideraram que o Governo e a Parpública foram devidamente informados da operação em negociação entre 2005 e 2007, que esta não necessitaria sequer da autorização da tutela para ser concluída, e que fora estudado o valor da VEM-Varig antes da sua compra, apesar do falhanço posterior do negócio. O Ministério Público concluiu igualmente que os executivos não tiraram valor do negócio através da atribuição de prémios ou de remunerações indevidas.
As suspeitas em questão, investigados pelo Ministério Público desde 2014 após uma denúncia anónima, eram de crimes de administração danosa, tráfico de influência, branqueamento, corrupção passiva, corrupção ativa, participação económica em negócio, burla, prevaricação e abuso de poder, elenca o "Eco".