O Índice de Preços na Produção Industrial (IPPI) aumentou 13,3% em setembro, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, atingindo o valor mais elevado em pelo menos 11 anos, revela o Instituto Nacional de Estatística. A energia é um dos fatores a pressionar.
O índice de preços ficou nos 111,2 pontos no nono mês do ano, o valor mais elevado desde, pelo menos, janeiro de 2010, que é a data máxima à qual os dados disponibilizados pelo INE recuam.
A energia pesa nos preços da indústria, numa altura em que o mercado global está pressionado pela crescente procura associada à recuperação económica, neste período mais calmo da pandemia de Covid-19. Excluindo o agrupamento de energia, a variação do índice de preços teria sido de quase metade, 7,7%
Dentro do índice, os preços dos agrupamentos de energia e de bens intermédios aumentaram 39,4% e 14,1%, respetivamente, quando em agosto as subidas haviam sido de 29,7% e 13,1%.
No terceiro trimestre, o índice agregado registou uma variação homóloga de 11,5%, superior aos 7,2% do trimestre anterior. Mais uma vez, a energia e os bens intermédios destacam-se, apresentando variações de 31,7% e 13,2%.
Em relação a agosto, o índice agravou 2,1%, quando no ano anterior a variação havia sido nula. Mais uma vez, “a energia apresentou o contributo de maior intensidade para a variação do índice agregado”, escreve o INE, no boletim publicado esta terça-feira. Excluindo este agrupamento, os preços de produção subiram 0,5% em setembro.