Economia

Quase metade das empresas de alojamento e restauração fecharam 2020 com capitais próprios negativos

Os dados são do Banco de Portugal e servem de argumento para a AHRESP insistir na "importância das empresas do turismo continuarem a beneficiar de medidas de apoio específicas e com critérios de acesso realistas, de forma a promover a reposição dos capitais próprios para os níveis pré-pandemia".

No setor do Alojamento e Restauração, a percentagem de empresas com resultados líquidos negativos passou de 45,7% em 2019 para 67,3% em 2020, anuncia a AHRESP - Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, esta sexta-feira, com base em dados do Banco de Portugal.

Preocupada com o número potencial de empresas em potencial de risco, a associação sublinha ainda que "quase metade (42,7%) do setor fechou o ano de 2020 com capitais próprios negativos (empresas cujo valor do passivo superou o valor do ativo), uma situação muito preocupante se considerarmos que a maioria das medidas de apoio e financiamento colocam como requisito a obrigatoriedade de demonstrar capitais próprios positivos".

Assim, a associação "reitera a importância das empresas do turismo continuarem a beneficiar de medidas de apoio específicas e com critérios de acesso realistas, de forma a promover a reposição dos capitais próprios para os níveis pré-pandemia".

E ainda aponta outro dado: "em 2020, o volume de negócios das empresas a nível nacional caiu 9,7%. Esta diminuição, transversal à maioria das empresas, foi mais acentuada nos setores mais afetados pela pandemia de Covid-19, nomeadamente no alojamento e restauração, que registou uma quebra de 42,5%".