Economia

Ao fim de mais de um ano, juros no crédito à habitação voltam a aumentar

Em setembro deste ano a taxa situava-se nos 0,785%. Ainda assim, apesar da subida mensal, a taxa continua a ser inferior à praticada em agosto de 2020, o último mês em que foi registada uma subida da taxa. Fim das moratórias influenciou subida, esclarece o INE.

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação foi 0,803% em outubro de 2021, quebrando assim a trajetória descendente que tinha desde agosto de 2020, mostram os dados divulgados esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em setembro deste ano a taxa situava-se nos 0,785%. Ainda assim, apesar da subida mensal, a taxa continua a ser inferior à praticada em agosto de 2020, quando começou a descer (0,967%).

O gabinete estatístico explica que "os resultados do mês de outubro estão influenciados pelo fim do regime de moratórias bancárias no crédito à habitação, implementadas no contexto da pandemia covid-19" que ajudou a reduzir as taxas de juro durante tanto tempo. Antes da pandemia as taxas de juro rondavam o 1%.

Para o destino de financiamento "aquisição de habitação", o mais relevante no conjunto do crédito à habitação segundo o INE, "a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 0,819%".

O gabinete estatístico dá ainda conta que, no mês em análise, o capital médio em dívida aumentou 354 euros, fixando-se em 57.688 euros.

Por fim, o valor da prestação média apresentou o maior aumento desde o início da atual série, subindo 14 euros, para 251 euros, dos quais "39 euros (16%) correspondem a pagamento de juros e 212 euros (84%) a capital amortizado".