As tabelas de retenção na fonte de IRS para 2022 foram publicadas esta sexta-feira em Diário da República, anunciou o Ministério das Finanças em comunicado. Um conjunto de ajustamentos que representam uma despesa adicional de 175 milhões de euros para o gabinete liderado por João Leão e que deverá refletir-se nos salários já em janeiro.
O aumento do salário mínimo para 705 euros brutos em 2022 "determina o ajustamento das tabelas de retenção na fonte de IRS", segundo o Ministério. Esta atualização tem como resultado o aumento do número de contribuintes que "fica dispensado ou vê substancialmente reduzido o pagamento deste imposto".
Isto é, o limiar a partir do qual se paga imposto é atualizado para os 710 euros em 2022, garantindo a isenção aos contribuintes que aufiram o equivalente à retribuição mensal mínima garantida.
Remun. bruta mensal | Ret. 2021 (%) | Ret. 2022 (%) | Ret. 2021 (€) | Ret. 2022 (€) | Variação mensal (€) | Variação anual (€) |
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€710 | 4% | 0% | €28,4 | €0 | - €28 | - €398 |
€720 | 7,2% | 1,8% | €51,8 | €13 | - €39 | - €544 |
€740 | 8% | 4,5% | €59,2 | €33,3 | - €26 | - €363 |
€754 | 8% | 6,3% | €60,3 | €47,5 | - €13 | - €179 |
"Paralelamente, as tabelas de retenção na fonte para 2022 dão continuidade ao ajustamento progressivo que tem vindo a ser feito nos últimos anos entre as retenções na fonte e o valor do imposto a pagar", em particular nas tabelas do trabalho dependente, nota o Ministério das Finanças.
As tabelas das pensões, "à semelhança do que, já hoje, acontece com as tabelas relativas aos rendimentos das pessoas com deficiência, já se encontram ajustadas entre o imposto retido e o imposto devido", pode ler-se também no comunicado.