A EDP Renováveis obteve em 2021 o seu maior resultado líquido de sempre, lucrando 655 milhões de euros, mais 18% do que no ano anterior, informou a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Apesar de as receitas terem avançado apenas 2%, para 1.758 milhões de euros, a EDP Renováveis ampliou o seu EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) em 6%, para 1,76 mil milhões de euros, tirando partido de maiores ganhos de capital.
No plano operacional, o fator médio de utilização da sua capacidade instalada até se deteriorou, de 30% para 29%, entre 2020 e 2021, mas, com um aumento da capacidade instalada (de 12,17 gigawatts para 13,58 gigawatts), a empresa registou um crescimento de 6% na eletricidade produzida, para 30,32 terawatts hora (TWh). E o preço médio de venda também ajudou, avançando 1%, para 53,7 euros por megawatt hora (MWh).
A EDP Renováveis encerrou 2021 com uma dívida líquida de 2,93 mil milhões de euros, menos 15% (ou 508 milhões de euros) do que no final de 2020.
O investimento bruto da EDP Renováveis subiu 20% em 2020, para 2,52 mil milhões de euros, mas como parte da estratégia da empresa assenta na rotação de ativos e venda de participações nos seus parques eólicos e solares, o investimento líquido foi menor, tendo recuado 10% face a 2020, para 1,7 mil milhões de euros.
Em face destes resultados, o conselho de administração da EDP Renováveis indicou que a empresa deverá distribuir um dividendo de 9 cêntimos por ação, acima dos 8 cêntimos pagos no ano passado.
O grupo EDP, que é o maior acionista da EDP Renováveis, e que tem tido nesta empresa o motor do seu crescimento, publicará os seus resultados anuais esta quinta-feira, 17 de fevereiro, após o fecho da bolsa.
