Até à meia noite, os enfermeiros algarvios estão em greve nos hospitais e centros de saúde da região. O protesto convocado pelo sindicato dos enfermeiros portugueses tem no topo das reivindicações a progressão na carreira.
Há quem trabalhe há 10 ou 20 anos e já deveria ter avançado uma ou duas vezes na carreira, mas a progressão continua por acontecer.
Houve uma exceção para 17 enfermeiros do Hospital de Lagos, mas outros 500 de Portimão, Faro e de vários centros de saúde continuam sem receber o que era suposto.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses diz que as administrações regionais de saúde do Algarve e do centro hospitalar dão o dito por não dito.
O Centro Hospitalar Universitário do Algarve considera as reivindicações dos enfermeiros justas, mas diz que legalmente, até haver revisão do acordo coletivo de trabalho, não há base legal para mudar a situação.
Até meio da manhã, sem utentes a reclamar de tratamentos cancelados, o impacto da greve não era possível de aferir.
Entre as várias reivindicações, os enfermeiros queixam-se também de haver trabalho por pagar relativo aos centros de vacinação e muitas folgas por gozar, acumuladas durante a fase covid.
A greve desta quinta-feira acontece depois de um mês de protestos e numa altura em que os pedidos de reunião com a Administração Regional de Saúde e dos hospitais ainda não tiveram resposta.
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