Quase metade dos portugueses diz não ter capacidade financeira para aguentar um agravamento da crise. Reconhecem que o custo de vida disparou por causa da guerra na Ucrânia, mas mesmo assim dizem ser a favor das sanções à Rússia – que contribuíram para um aumento dos preços.
Segundo um inquérito da DECO Proteste – que entrevistou 1051 pessoas – quatro em dez portugueses diz não ter uma almofada financeira para fazer face a um agravamento da crise.
Realizado também em Espanha, Itália e Bélgica, os portugueses são os mais pessimistas – 81% tem mesmo receio de gastar dinheiro, e a redução é mais sentida no setor da saúde, alimentação e lazer.
Mas apesar de 30% reconhecer o impacto negativo da guerra na Ucrânia, a maioria apoia as sanções impostas pelo Ocidente.
“É suportar as decisões dos governos nestas sanções para, de alguma fora, reduzir o tempo de duração desta guerra”, reflete Ana Guerreiro, da DECO Proteste.
Perante a instabilidade da situação atual, a organização recomenda aos consumidores que programem as compras com mais antecedência.
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