A Alemanha nega qualquer problema técnico que justifique a redução no fornecimento de gás russo para a Europa. Já a Ucrânia fala em "chantagem" e em nova forma de "terror"; pede ainda a Bruxelas que responda com sanções ainda mais pesadas.
A Europa está a sofrer as consequências do auxílio à Ucrânia, a estatal Russa "Gazprom", anunciou que vai reduzir no fornecimento de gás para a Europa. Volodymyr Zelensky reagiu à decisão de Moscovo dizendo que a Rússia está a dificultar ao máximo a preparação dos europeus para o inverno. O Chefe de Estado ucraniano acrescentou ainda que esta situação é "uma guerra aberta ao gás".
O Kremlin já limitou o fluxo de gás para a Europa através do gasoduto Nord Stream 1 duas vezes em dois meses, alegando sempre que seria necessário proceder a reparações. Por outro lado, a Alemanha contrariou sempre esta versão dos factos alegando que nunca detetou qualquer problema técnico.
Na sexta-feira foi assinado na Turquia um acordo que faz com que seja possível continuar a exportar cereais ucranianos, contudo o Governo de Kiev tem vindo a denunciar desde então vários ataques russos a Odessa e a Mykolaiv, pondo em causa o cumprimento do histórico tratado. Neste momento estão 20 milhões de toneladas de cereais retidas na Ucrânia, pois as tropas russas controlam neste momento grande parte do Mar Negro.