A presidente da TAP, Christine Ourmières-Widener, garante que uma greve de pilotos ou tripulantes seria um “desastre” para a companhia aérea portuguesa e critica a postura dos sindicatos. Apesar dos lucros conseguidos no período de verão, a TAP continua com prejuízos.
“Uma greve seria um desastre, porque iria prejudicar todo o bom trabalho por parte de todos os funcionários da empresa. Não é a altura certa. Nunca é a altura certa (…) No que toca à tripulação de cabine, não compreendo. Compreendo que é difícil aceitar os cortes para todos os funcionários, mas é um plano e o acordo de emergência foi assinado pelos sindicatos em 2021, portanto não foi assim há tanto tempo”, explica a presidente da TAP.
A companhia aérea portuguesa recuperou no período do verão com lucros de mais de 111 milhões de euros entre junho e setembro. Contudo, o início do ano foi tão negativo que estes resultados ainda não chegam para tirar a empresa dos prejuízos no total do ano.
A direção executiva assume que os desafios até dezembro são alguns e vão ter de lidar com um pico de pedidos de baixas médicas para o período de Natal.
“Há um aumento de pedidos para o período de Natal, mas não é o primeiro ano em que isso acontece. Mas, este ano, é ainda mais”, esclarece Christine Ourmières-Widener.
O sindicato diz que podem ser cancelados perto de 400 voos até ao final do ano, mas a companhia não confirma. Afirma ainda que não tem o plano fechado.