Terminou, esta segunda-feira, a Assembleia Parlamentar da NATO, em Madrid. O secretário-geral alertou para o perigo da Europa estar a criar "novas dependências" de regimes autoritários, como o da China.
Acelerar a transição energética tem sido uma das estratégias adotadas na Europa para reduzir a dependência do gás russo. Se a Rússia fica para trás, outro país tem ganhado terreno.
Mais de 80% dos módulos fotovoltaicos produzidos desde 2010 foram fabricados na Ásia.
Em 2020, só a China foi responsável por quase 70% da produção.
As empresas chinesas têm participações em parques eólicos e solares europeus e também em empresas de eletricidade e de telecomunicações e em alguns dos principais portos.
Apesar das preocupações de outros Estados-membros da União Europeia e dos próprios serviços secretos do país, o chanceler alemão autorizou a concessão de parte de um terminal.
Para os parceiros de coligação, que discordam de Olaf Scholz, é um risco aumentar a influência estratégica chinesa na infra-estrutura de transportes da Alemanha e da Europa.
Mas a dependência europeia da China não fica por aqui. Quase nove meses depois do início da invasão russa e com as consequências para a Europa bem visíveis, a NATO espera que se tenha aprendido com os erros.