A semana de trabalho de quatro dias, que vai ser testada no próximo ano, é já uma realidade em várias empresas portuguesas.
A experiência em alguns países demonstra um aumento da produtividade. Mas também há quem considere que não é o tempo certo e que a medida não se aplica a vários setores.
É caso de uma empresa dedicada à construção de estradas, pontes e ferrovias, que apesar de praticar salários acima de média, não consegue contratar pessoal e expandir o negócio. Por isso considera o modelo de quatro dias de trabalho uma medida populista e desajustada. Por outro lado, em Portugal já há empresas que tomaram a iniciativa de implementar este modelo.
O Governo convidou o setor privado a testar esta redução da carga horária durante seis meses. O projeto-piloto arranca em junho de 2023 e pretende avaliar se os níveis de produtividade se mantêm ou até se aumentam, como já aconteceu noutros países, como Japão, Islândia e Países Baixos.
No entanto, para este modelo, o Governo traça uma linha vermelha no que toca a salários e admite que a jornada diária pode aumentar, mas não mais do que uma hora. A adesão ao projeto-piloto será voluntária e reversível se a medida causar um impacto negativo no negócio e nas equipas.