A EasyJet vai operar mais 5 rotas em 2023 nos três principais aeroportos do continente, anunciou esta terça-feira, 17 de janeiro, o diretor-geral da EasyJet Portugal, José Lopes, em conferência de imprensa, antecipando que a curto-prazo a capacidade para aumentar rotas e frequências será limitada ou inexistente nos aeroportos de Lisboa e Porto.
As cinco novas rotas serão rotas de verão, isto é, operarão durante a época alta. A partir do fim do mês de junho, Faro ganha duas novas rotas para Barcelona, em Espanha, e Toulouse, França, com dois voos semanais cada uma.
Lisboa vai passar a contar com dois voos semanais da EasyJet para Glasgow, na Escócia, a partir de 2 de junho. No aeroporto Francisco Sá Carneiro, do Porto, a companhia aérea britânica vai passa a voar, a partir de 1 de abril, para Nápoles e, a partir de 1 de julho, a rota peak summer (apenas nas semanas altas do verão) para Palermo.
Este anúncio faz ascender o total de rotas em 2023 para 26 no Porto, 35 em Lisboa, e 21 em Faro. O número de lugares disponíveis no ano fiscal de 2023 pela EasyJet - que termina em setembro - em Portugal rondará os 11,2 milhões de lugares, mais 36% face aos 8,2 milhões de lugares em 2022, avançou José Lopes.
José Lopes disse na conferência de imprensa que a EasyJet espera “trucidar” em 2023 o número de passageiros alcançado no ano fiscal de 2022 (7,4 milhões), com início em outubro de 2021, esperando depois do "inverno mais movimentado de sempre (…) o verão mais movimentado da EasyJet em Portugal”.
Depois de alcançar o melhor ano de sempre em 2022, esta é uma oportunidade que a companhia aérea quer agarrar, já que os próximos tempos serão de expansão escassa por limitações nas infraestruturas aeroportuárias das duas maiores cidades.
“No caso de Lisboa, não espero que exista capacidade significativa no mercado nos próximos 6, 8, 10 anos, até existir uma nova infraestrutura que nem sequer está definida”, disse o gestor da EasyJet.
No Porto, as dificuldades vêm das obras de repavimentação da pista, “o que quer dizer que nos próximos dois anos não existe a capacidade tradicional do aeroporto Sá Carneiro”, disse.
“Achámos que devíamos aproveitar estas oportunidades já”, disse José Lopes, e “abrir novas rotas e criar mais capacidade” a somar às já anunciadas depois da libertação de slots ocupados antes pela TAP, obrigada pela Comissão Europeia a prescindir de faixas de operação no âmbito do seu processo de reestruturação.