Nunca um hedge fund, ou fundo de cobertura, lucrou tanto como o Citadel em 2022. Este veículo de investimento apresentou lucros de 16 mil milhões de dólares (cerca de 15 mil milhões de euros ao câmbio atual) no exercício do ano passado, noticia o Financial Times esta segunda-feira, 23 de janeiro.
Estes resultados, que beneficiaram da aposta na queda do preço de obrigações e da limitada exposição a ações do setor tecnológico, superam o anterior recorde de 15,6 mil milhões de dólares (14,4 mil milhões de euros) ganhos por John Paulson e pelo seu hedge fund Paulson & Co., apostadores certeiros, em 2007, no colapso da indústria de crédito subprime.
O Citadel, fundado em 1990 pelo investidor Ken Griffin, obteve uma rendibilidade de 38,1% no fundo principal, que tem sob a sua alçada 54 mil milhões de dólares (50 mil milhões de euros) em ativos, entre obrigações e outros ativos mobiliários.
O lucro superou os 16 mil milhões de dólares, segundo dados da LCH Investments citados pelo jornal, superando em desempenho o fundo Bridgewater, considerado até aqui o mais bem sucedido de sempre.
O fundo fechou o ano com lucros brutos de 28 mil milhões de dólares (26 mil milhões de euros), aos quais se subtraíram 12 mil milhões de dólares (11 mil milhões de euros) em comissões pagas pelos participantes.
O Citadel ganhou relevância mediática aquando da subida dos preços das ações de empresas como a GameStop, em janeiro de 2021, por alegadamente ter pressionado a corretora Robinhood a suspender a negociação dessas ações para limitar volumosas perdas em participadas suas.