Economia

Efacec: cinco candidatos avançam para nova fase de privatização, um fica pelo caminho

Tirando os franceses do Cahors Group, os restantes cinco candidatos à compra de 71,73% da Efacec vão passar à fase seguinte da privatização da empresa

Efacec: cinco candidatos avançam para nova fase de privatização, um fica pelo caminho
Rui Duarte Silva

O Governo e a Parpública já selecionaram os candidatos que vão à privatização da Efacec. Cinco candidatos irão passar para a fase seguinte das negociações, avançou o Eco e confirmou o Expresso. É provável que a aprovação desta decisão vá ainda esta terça-feira a Conselho de Ministros, que, a acontecer, será eletrónico.

O candidato que terá ficado de fora é o Cahors Group, grupo francês que entrou tardiamente para substituir um grupo chinês do setor, que se mostrou interessado, mas acabou por não avançar.

Será entre os restantes cinco candidatos que irá ser escolhido o comprador. Não há data marcada para encerrar o processo, embora a urgência para a Efacec seja grande, já que a empresa está há mais de dois anos à espera de um novo dono.

A Parpública, empresa que gere as participações do Estado, não tem divulgado o nome dos potenciais interessados. Aquando da entrega das propostas vinculativas, a empresa estatal disse apenas que entre os candidatos havia três entidades nacionais e três estrangeiras.

Os candidatos que entregaram as propostas vinculativas terão sido as portuguesas Visabeira (em parceria com a Sodecia), a Mota-Engil e Oxy Capital. Do lado das ofertas estrangeiras terá entregue uma proposta vinculatva a Mutares, a Oaktree e o Cahors Group, que agora terá ficado de fora.

O ministro da Economia, António Costa Silva, admitiu, na semana passada no Parlamento, que esperava ter as propostas finais à privatização no final de março ou início de abril. E adiantou que o Estado iria manter as seis propostas em discussão e analisar cada uma delas. E espera que o processo esteja concluído no final de março, início de abril.

O ministro da Economia e do Mar afirmou, a 9 de fevereiro, estar convicto de que as injeções que o Estado ainda terá de fazer na Efacec serão “muito limitadas” se a empresa for privatizada dentro de um mês ou dois. Antes, Costa Silva tinha defendido que não seria uma boa ideia separar os negócios da Efacec, como pretendem alguns candidatos.

“Acredito que se completarmos o processo dentro de um mês ou dois as injeções que temos de fazer na empresa, sobretudo ao nível da tesouraria, vão ser muito limitadas”, disse António Costa Silva, citado pela Lusa, durante o debate de política setorial, no parlamento, quando questionado pelo PSD sobre o processo de venda da Efacec.

O Eco noticiou que a Parpública tem estado a injetar 10 milhões de euros por mês desde novembro - o que perfaz 40 milhões de euros. Informação que a empresa não confirma.

António Costa Silva estimou então: “Nesta altura cifram-se em cerca de 165 milhões de euros, entre as injeções de capital para a tesouraria e as garantias que foram dadas”, os encargos que o Estado já suportou com a Efacec.