O Governo aprovou o aumento salarial de 1% e a subida do subsídio de refeição para seis euros para a função pública com efeitos retroativos a janeiro. A maior parte dos sindicatos queria mais, mas o Executivo não dá garantias de novo aumento.
De acordo com a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, o Governo decidiu "após ponderação das reivindicações" apresentadas pelas estruturas sindicais, fazer retroagir os aumentos intercalares a janeiro de 2023, quando inicialmente apontava para que as medidas produzissem efeitos apenas a partir de abril.
"Vale mais um pássaro na mão do que dois a voar"
A líder do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, Helena Rodrigues diz ainda assim que o Governo tem de dar “um sinal maior do que esta atualização intercalar”.
“O Governo tem condições para fazer mais e melhor em termos de salários e valorização dos trabalhadores da Administração Pública e dos próprios serviços, mas não o faz por opção”, acrescentou Sebastião Santana, líder da Frente Comum.
Por isso, o sindicalista tem esperança de que o Governo mude “de opção”. Até porque se não existir uma mudança, há espaço para mais “lutas dos trabalhadores”, avisa.
Já José Abraão, da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP), considera que o conjunto de medidas e tendo em conta o acordo que foi feito entre sindicatos e Governo protege os trabalhadores e, esta atitude permite criar “um ambiente negocial, no sentido de resolver os problemas”.
Contudo, as medidas para mitigar a inflação são sempre insuficiente, mas “vale mais um pássaro na mão do que dois a voar”.
A secretária de Estado esteve reunida com a Frente Comum, a Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).