A guerra na Ucrânia teve também impacto no custo dos materiais de construção. Depois da inflação recorde que sofreram há cerca de um ano, os preços de alguns desses materiais começam finalmente a descer. O ferro, por exemplo, estava esta semana já a metade do preço a que esteve nesse período.
O alívio começou a sentir-se nos últimos dois meses. O varão de ferro para construção anda por estes dias a ser vendido a valores de 2021.
Esta será a descida de preço mais pronunciada e ainda é cedo para dizer que não volta a subir, mas, para já, tudo o que seja metalomecânica ligeira e outros materiais de construção semelhantes parecem estar a contrariar a inflação.
É o caso também do cobre, do alumínio, das tubagens ou do vidro, embora de forma mais tímida, na casa dos cinco ou seis por cento.
Dados de fevereiro não apontavam alterações de preços
Os dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística relativos a fevereiro não detetavam ainda estas reduções de preços. Apenas abrandamento das subidas que, pela primeira vez desde janeiro do ano passado, ficaram abaixo dos 10%.
Em parte, devido à valorização do cimento que estava 40% acima do preço de há um ano, mas também porque muito do se vendia nessa altura, como ainda agora, foi comprado inflacionado quando se temia não ter para vender.
Ainda não há garantia que as cadeias de distribuição tenham estabilizado e a caminho vêm ainda as obras do PRR, aumentando ainda mais a procura por mão-de-obra que escasseia.