Economia

Credit Suisse perdeu 62 mil milhões de euros de fundos e depósitos no primeiro trimestre

O Credit Suisse reconheceu esta segunda-feira nos resultados do primeiro trimestre uma perda de depósitos e outros fundos de clientes no valor de 62 mil milhões de euros, que ainda irá penalizar as contas do segundo trimestre

O Credit Suisse reportou no primeiro trimestre uma fuga de depositantes que se traduziu numa perda de 61 mil milhões de francos suíços em depósitos, o equivalente a 62 mil milhões de euros, de acordo com o comunicado de resultados para o período de janeiro a março.

No comunicado, divulgado esta segunda-feira, o banco, entretanto adquirido pelo UBS, refere “saídas de ativos significativas, em particular na segunda metade de março”. O Credit Suisse indica que este fluxo entretantou acalmou, mas não foi revertido até à data de hoje.

Globalmente, o valor de ativos sob gestão do Credit Suisse no primeiro trimestre era de 1,25 biliões de francos suíços (1277 mil milhões de euros), menos 23% do que no mesmo período do ano passado.

Apesar desta quebra, o banco suíço fechou o primeiro trimestre do ano com um lucro de 12,4 mil milhões de francos suíços, equivalentes a 12,7 mil milhões de euros, o que contrasta com o prejuízo de 1,4 mil milhões de francos suíços do quarto trimestre de 2022 e com as perdas de 273 milhões de francos suíços do período homólogo do ano passado.

Esta melhoria refletiu principalmente as medidas adotadas para salvar o banco, que passaram, além da compra por parte do UBS, pelo corte de uma emissão de títulos de dívida AT1 (Additional Tier 1) no montante de 15 mil milhões de francos suíços.

O rácio de capital CET1 do Credit Suisse acabou por subir de 14,1% no quarto trimestre para 20,3% em março último.

No comunicado de resultados o Credit Suisse avisa que a perda de depósitos e outros fundos do primeiro trimestre levará a uma “perda substancial” na divisão de gestão de patrimónios no segundo trimestre, devido à redução de comissões.

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