Mário Centeno avisa que as taxas de juro vão continuar a subir até ao verão e que só devem começar a descer no próximo ano. O governador do Banco de Portugal alerta ainda para o risco de incumprimento das famílias mais vulneráveis.
Na apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira de maio, Mário Centeno tentou resistir a comentar a recente crise política, mas o governador do Banco de Portugal quis deixar o aviso.
“A palavra crise não rima com estabilidade”, realçou Centeno.
A economia portuguesa enfrenta vários desafios, desde a turbulência dos mercados internacionais até à recente crise bancária nos Estados Unidos e na Suíça.
Centeno garante que os bancos na Zona Euro estão sujeitos a uma regulação apertada.
O nível elevado das taxas de juro praticadas pelo Banco Central Europeu vai continuar, sendo que o pico das subidas deverá ser atingido em junho ou julho, mas tudo depende do comportamento inflação.
O objetivo é que a taxa fique acima dos 2%.
Com o aumento das prestações aos bancos pelas famílias e empresas, o governador do Banco de Portugal lembra que o risco do incumprimento pode aumentar nas famílias mais vulneráveis.
Amortizar empréstimos antecipadamente é o conselho que Mário Centeno dá aos portugueses que o puderem fazer.
Centeno diz, também, que os bancos devem adequar os empréstimos à capacidade financeira dos clientes.