José Gomes Ferreira, da SIC, considera que é "bom" a inflação ter baixado. No entanto, deixa críticas ao Ministério da Economia, que acusa de não ter um plano estratégico. Sobre Alexandra Reis, que devolveu esta quarta-feira a indemnização à TAP, defende que não faz sentido ter esperado três meses.
"É bom que tenha baixado mais de 8%, aliás, chegou a 10% em média e a atingir picos de mais de 20% na área alimentar2, observa, acrescentando que há vários indicadores com uma "leitura positiva".
O valor da inflação voltou a recuar no mês de maio. Segundo dados avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a inflação registou 4% em maio, o que representa menos 1,7 pontos percentuais que no mês anterior.
Na SIC Notícias, lembra que houve um "aproveitamento enorme" de operadores económicos, tanto de grandes superfícies como de médias e pequenas e ainda pequenos comerciantes.
"Tive relatos de pessoas que trabalham em hipermercados a dizer que tinham stock e que as chefias lhes mandavam mudar as etiquetas dos stocks para um preço mais alto", conta.
José Gomes Ferreira, da SIC, salienta que o preço da energia foi o que mais potenciou a inflação. No entanto, refere que o preço do gás natural está "inferior ao do início da guerra". Considera ainda que, neste caso, o IVA Zero tem uma "importância muito menor".
À semelhança da descida da energia, a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de encarecer o dinheiro também "mexeu com as contas".
Sobre o crescimento económico, considera que é "miserável". Porquê? "Devíamos estar a crescer a uma taxa de 5, 6, 7%. Está a entrar muito dinheiro em Portugal. Temos todas as condições para isso".
"A nossa governação tem um Ministério de quase 100% de êxito, que é o Ministério das Finanças, no sentido de controlar a despesa pública. É a área com mais êxito. Tudo o resto desta muito a desejar", afirma.
Mais à frente na análise, José Gomes Ferreira reforça:
"Na área financeira, o Governo andou bem, mas na área da Economia não tem um plano estratégico. A instabilidade na legislatura transporta-se para outras áreas".
Sobre Alexandra Reis ter devolvido a indemnização, considera que não faz sentido ter esperado três meses. No mesmo jornal, considera que a ex-responsável tinha razões para litigar.