Os tripulantes de cabine da EasyJet cumprem o quinto e último dia de greve. Para este sábado estão marcadas concentrações nos aeroportos de Lisboa e do Porto. A greve realizou-se também nos dias 26, 28 e 30 de maio e 1 de junho. Cerca de 350 tripulantes a operar a partir de Portugal exigem aumentos salariais e igualdade de condições perante tripulantes a trabalhar ao serviço de outros países.
A Easyjet e os sindicatos têm apresentado versões diferentes quanto à adesão à greve. Até agora, centenas de voos já foram cancelados.
Num comunicado do dia 11 de maio, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) disse que a EasyJet continua a considerar os "tripulantes das bases portuguesas trabalhadores menores" perpetuando a sua "precarização e discriminação relativamente aos colegas de outros países".
De acordo com o sindicato, “o clima de tensão e desagrado e o longo impasse na resolução dos diversos diferendos laborais”, levaram o SNPVAC a avançar para uma nova greve.
A paralisação abrange "todos os voos realizados pela EasyJet" bem como os "demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos", cujas “horas de apresentação ocorram em território nacional com início às 00:01 e fim às 24:00” nos dias de greve.
O sindicato voltou a realçar que "noutros países e bases onde a empresa apresenta nível de rentabilidade inferior ao verificado em Portugal, os colegas obtiveram aumentos significativos", referindo que "o clima de tensão e desagrado pelo longo e intolerável impasse na resolução dos diversos diferendos laborais se agravou, levando a concluir que a EasyJet tem como objetivo final prolongar indefinidamente no tempo a postura adotada".
O sindicato considera que, tendo em conta a existência de alternativas, nomeadamente nos voos para os Açores e Madeira, "não existem serviços mínimos a assegurar".
No mesmo dia, a EasyJet disse ter ficado "extremamente desapontada" com a convocação da greve, garantindo que a "proposta atual do sindicato é impraticável".