Economia

Ronaldo acionista? CMVM suspende negociações das ações da Cofina

Este procedimento é natural para o normal funcionamento das negociações das ações, sendo que quando uma informação sobre algum dos potenciais acionistas - neste caso, Cristiano Ronaldo - é revelada, o valor poderá especular e pôr em causa o negócio.

Cristiano Ronaldo
Cristiano Ronaldo
RODRIGO ANTUNES

Após se ter sabido que Cristiano Ronaldo se poderia tornar acionista do grupo Cofina, as ações dispararam 16%, o que levou a CMVM a suspender as negociações das ações.

O Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários suspendeu esta sexta-feira, pelas 11:00, as negociações das ações da Confina, conforme o comunicado.

De acordo com o Jornal Económico, Cristiano Ronaldo estará em negociações avançadas para se tornar acionista do grupo no âmbito do MBO que está a decorrer. O jornal revela que o internacional português ficaria com 20% a 30% das ações.

Depois da notícia ter sido divulgada, as ações dispararam mais de 16% para os 0,36 euros.

A mudança acionista na Cofina poderá concretizar-se com um management buyout (MBO), operação na qual quadros de gestão de uma empresa adquirem parte do seu capital. Esse MBO será liderado, no caso da Cofina, por Luís Santana e outros quadros da Cofina.

O jornal digital Eco, por seu turno, refere que a proposta formal, prevendo a entrada de Ronaldo no capital, “ainda não foi apresentada aos atuais acionistas da Cofina, nomeadamente Paulo Fernandes, mas está na fase final de conclusão”.

De acordo com o mesmo jornal, a Livrefluxo, que já detém 12% da Cofina, deverá continuar no capital da empresa, segundo indicou Mário Leite da Silva, antigo administrador dos negócios de Isabel dos Santos, e que desde o final do ano passado integra a administração da Livrefluxo.