21 mil pensionistas perderam o complemento solidário para idosos em junho, depois de uma reavalição dos rendimentos. A Segurança Social diz que em 90% dos casos são pessoas com rendimentos extra, além da pensão.
O complemento solidários para idosos é um subsídio pago mensalmente a idosos de baixos recursos com idade igual ou superior à idade da reforma.
O novo valor de referência aumentou 50 euros, cerca de 11% para 488,21 euros por mês, mas o valor médio de prestação foi de 143 euros em junho. Este é o valor de referência ao qual é descontado o rendimento para se apurar o valor do apoio.
Ao Jornal de Negócios, a presidente do Instituto da Segurança Social (ISS) explica que em 90% dos casos é porque existe um rendimento para além da pensão.
As condições para receber o subsídio
Há benefeciários que, por terem rendimentos de capitais, prediais ou patrimonio imobiliário à exceção de habitação própria, deixaram de receber o apoio, não reunindo as condições de atribuição.
O ISS esclarece ainda que também há casos de pensionistas que passaram a receber outros apoios, e que por isso, também perderam o complemento solidário para idosos.
Para ter acesso a este subsídio, os reformados têm de ter rendimentos anuais inferiores a 5.858 euros ou até 10.252 euros, no caso de um casal.
Os rendimentos e património dos filhos também conta. Em junho de acordo com a segurança social, existiam 129 mil e 800 beneficiários, o número mais baixo em quase 15 anos.